"A Physioclem é a “escola” que todos os fisioterapeutas ambicionam"





O chilrear dos pássaros. Águas que se movem. Sons da natureza. Um momento proporcionado pelo fisioterapeuta João Paraíso, durante a entrevista, nas instalações da Physioclem Leiria. Já a conversa, os risos, as gargalhadas contrastavam com o ambiente. Apresento-vos João Paraíso, um dos fisioterapeutas mais jovens desta grande família e, possivelmente, o mais extrovertido.
Seguir a Academia Militar era o seu sonho, mas a nota a Matemática trocou-lhe as voltas. Um jovem que sabe bem o que é frio ou não fosse natural de Moimenta da Serra, Gouveia. Uma região que tem a Serra de Estrela como pano de fundo.
Acabou por entrar, no acesso público em Biotecnologia, em Coimbra, mas como não era o que queria, optou por Ciências Biomédicas, na CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (Gandra). “Fiz tudo o que tinha direito, até perceber que não me estava a sentir bem com a situação. Não queria que os meus pais tivessem uma despesa, estando eu a ser irresponsável”.
A aventura académica, acredite, ainda não acalmou. “Foi numa noite de copos que recebi uma mensagem do acesso ao ensino superior a dar conta das vagas em fisioterapia. Pensei para com os meus botões: estavam mesmo a adivinhar o que eu queria e ainda me vou embora daqui”. E foi! 
Confessa que não morreu de amores quando chegou a Leiria. “Lá trouxeram os meus pais as coisas de Granda para aqui. Quando cheguei à escola parecia tudo diferente. Sinceramente, não me identifiquei, mas passado uns dias não queria outra coisa”. Numa outra noite de copos, foi praxado pelo “sacana” do Ângelo Alves e começou assim uma amizade. “Leiria foi o melhor que me aconteceu”.
Consciente da sua paixão pela fisioterapia, João Paraíso decide inscrever-se, no 3º ano do curso, em Osteopatia, no Porto. “Frequentei, durante um ano, os dois em simultâneo. Não me arrependo, mas foi muito cansativo.
“Quando estava a preparar a monografia, recebo uma chamada da Physioclem para ir a uma entrevista. Foram as princesas Ana Amado e Vânia Clemente que me receberam. Fiquei a panicar, porque outro dos meus amigos também foi chamado. No fim, ficámos os dois”, relembra, assim, João Paraíso o seu primeiro momento nas instalações da Physioclem.
Antes de ali entrar, o fisioterapeuta já sabia da exigência e responsabilidade que o aguardavam: “Estou a viver um sonho na minha profissão. A Physioclem é a “escola” que todos ambicionam. É um orgulho dos grandes”. 
O nome de Luís Nascimento é outra das referências na sua vida. “Foi meu professor e agora é um grande amigo. É um excelente ser humano, muito exigente e rigoroso”.  
Relativamente, à Physioclem não tem dúvidas: “existe um ADN nesta casa que só se percebe quando cá se entra. Tem uma genética própria. Há uma liberdade de trabalho fantástica e uma equipa que discute todos os casos mais delicados”. Há pouco mais de ano que João Paraíso faz parte da família Physioclem. “Aqui sei que posso crescer. Os conhecimentos em Osteopatia também estão constantemente a ser postos em prática”. 
Apesar do amor que tem por Leiria, é Viseu que preenche o seu coração. Sempre que se desloca à cidade beirã, apaixona-se. “Ali tenho parte do coração, muito pela família, mas o meu foco é Leiria. Ajudar a manter a robustez da Physioclem, aprender junto dos melhores e tentar deixar o meu cunho pessoal”. A irmã, Ana, que ali vive, e o seu sobrinho afilhado, são a razão desta paixão. “A nossa relação não era das melhores, pelos 9 anos que nos separam, mas quando nos separamos com a ida dela para a faculdade ficámos muito próximos. É das pessoas mais importantes da minha vida. É também uma referência a nível pessoal e profissional. Quando há um problema ou indecisão é à primeira pessoa que ligo, como costumo dizer , uma irmã(e)”, testemunha.
Os pais, Adelaide e José, também são os seus grandes amores. Pela profissão de serralheiro do progenitor, passou muitos e bons momentos com a mãe. A namorada, Sónia, é a sua melhor companhia. Além disso, e como explica, “tem as características” do seu “lado feminino”. E deixa uma mensagem: “Perdoa-me por trabalhar tanto. Um dia vou estabilizar, casar e ter filhos”.
“Gosto muito do meu cantinho. Sonho em ter um espacinho verde. Se a minha vida passar por aqui, tenho de encontrar uma aldeia que me conquiste”. Há um outro sonho que o acompanha, gerir uma unidade clínica para pôr em prática tudo o que aprendeu com os mestres da vida, quem sabe se uma expansão da Physioclem não poderia ser parte desse sonho.
Enquanto estudante, durante os estágios, uma das suas grandes paixões era “trabalhar nos Cuidados Intensivos a ressuscitar os mortos, com problemas respiratórios. Quanto pior era o cenário, melhor era para mim, até ao dia em que vi várias pessoas morrer…”. Hoje são a Osteopatia e terapia manual as áreas que elege.
João Paraíso é viciado no trabalho, mas tem consciência que o amor é a razão desta dedicação. Na família, amigos e equipa de trabalho encontra a paz que precisa para continuar. Além disso, a sua boa disposição é sinónima de felicidade e de alguém que sabe o quer da vida.


Luci Pais

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