"A physioclem é muito mais do que um lugar de trabalho, é uma casa onde aprendo e posso ajudar"





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Poucos minutos depois de iniciar a conversa com Luís Ramos, o relógio parece ter parado. Ouvia as suas palavras sábias. Com apenas 25 anos, fala sobre a vida com sapiência, com sentimento, com responsabilidade. Dá valor ao que é realmente importante, ao que acrescenta valor. Confessa que não enche a “cabeça com tralha”. Conheça a história do fisioterapeuta da physioclem que acredita e sente que o corpo também se cura através da mente.

Durante 10 anos, Luís Ramos jogou andebol. Começou por uma brincadeira, mas rapidamente se tornou uma atividade séria sem qual não conseguia passar. As dores da prática conhece-as de cor e salteado. Ombros, cotovelos, joelhos e pés são quem mais sofrem, pela violência do remate ou pelas mudanças bruscas de direção. Razão que o leva a acompanhar, com frequência, provas de voleilol, bodyboard, badminton, ténis, sempre com um dos lemas da physioclem em mente: especialistas em fisioterapia no desporto.



A poucos dias do início do Europeu de Andebol de Praia Sub-16, de 8 a 10 de julho, na Nazaré, que a physioclem está a apoiar, Luís Ramos recorda os tempos em que “vivia” nos pavilhões do Cister Sport de Alcobaça.

“Jamais esquecerei o que passei e senti naquele espaço. Fiz amizades que ainda hoje perduram. Os pais acompanhavam-nos para todo o lado. Eram autênticas excursões”, lembra o jovem.
Um ano antes de seguir para a faculdade, Luís Ramos decidiu abandonar o andebol. “Foi uma opção. Comecei aos 7 anos e entre os 16 e 18 anos estava completamente rendido, até porque jogava na 2ª Divisão do Campeonato Nacional de Andebol”.
Nem só com desporto e fisioterapia se conta a história do alcobacense Luís Ramos. Tem alma de guitarrista. A música é outras das suas grandes paixões. Tudo começou numa das festas em família, enquanto via um tio e um primo a tocar. Ficou rendido e decidiu aprender. Tinha cerca de 10 anos. “Come us you are”, dos Nirvana, foi a primeira do seu repertório. Depois seguiu-se a Escola de Música Serenata, do professor Aníbal Freire. É nesta casa que conhece um dos seus grandes amigos: Diogo Freire.
Juntos começam a trilhar um novo caminho. Outros amigos se juntam. Na Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça (ESDICA) vive alguns dos momentos mais entusiasmantes, nomeadamente na tradicional e conhecida Semana Aberta da ESDICA. “É uma escola muito boa, dinâmica que nos dá a possibilidade de fazermos aquilo que realmente gostamos e de desenvolvermos os nossos projetos. Como nunca tocávamos covers, sentíamos a necessidade de compor e de formar uma banda”. No 11.º ano, apresentaram um EP em Inglês.
Mais tarde, surge a banda Meu & Teu. Um grupo que nascia da vontade de contar histórias em português e que chamou a atenção em 2010 depois de ganhar o concurso U Rock. Luís Ramos estava lá! “Tivemos a oportunidade de conhecer muitos músicos fora dos grandes palcos e, além disso, perceber a realidade da música em Portugal, na qual só há lugar para dois ou três…”
Aproximava-se a escolha do curso. O que escolher? As dúvidas teimavam em continuar. O pai, José Ramos, dizia-lhe que um dia seguiria uma área relacionada com cuidar, tratar. Não estava errado, mas a poção por medicina veterinária também tomava conta dos pensamentos de Luís Ramos. Da mãe, Maria da Luz Alpalhão, também recebia o mesmo apoio. “Sempre foram muito exigentes porque querem o melhor para mim”.
“O meu pai sempre viu algo em mim que eu não conseguia ver”, testemunha Luís. José Ramos trabalhou no Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (CEERIA). Ainda pequeno, e as memórias são vagas, percorria as instalações da instituição com o progenitor, que era professor. Talvez tenha ficado alguma coisa… Aliás, ficou muito, porque no momento dos estágios lidava com grande à vontade com pessoas com deficiência física ou mental.
De “paraquedas” cai na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. O primeiro semestre, relembra, foi complicado. “Ao primeiro contacto sou muito tímido. Como não tinha nada para fazer dediquei-me aos estudos. Anatomia era aquele cadeirão. Havia centenas de nomes para decorar”. E agora? Luís Ramos tinha a solução: encheu de post it as paredes do quarto com desenhos de ossos e músculos e respetivos nomes. Garante que ainda hoje é capaz de dizer a maioria.
Os estágios acabaram por acontecer nos “melhores sítios”. Relembra a passagem pela Academia de Futebol do Benfica, no Seixal, pelo Rugby de Belém, pela Federação Portuguesa de Ginástica e pelas diferentes modalidades do Benfica.
O último estágio acontece na physioclem em Torres Vedras, tendo como orientadora Ana Catarina Almeida. “Uma pessoa brilhante que me ensinou muito e me recomendou no momento de preencher uma vaga nesta clínica. Devo-lhe muito do que sou, até porque me despertou o gosto pela Osteopatia”. Curso que Luís Ramos já terminou. Fez trabalhos pontuais na physioclem até ao mês de dezembro de 2013.
Com as 12 badaladas da mudança de ano, chegavam também as boas notícias. Duas chamadas: uma de Peniche, outra da Lourinhã. Durante um mês, passava as suas tardes nestas localidades. Eis que volta a tocar o telefone, mas desta vez era da physioclem. Um sonho começava a concretizar-se.
Apontando para o lugar onde estava sentada, disse-me: “foi nessa cadeira do Marco que passei muitas horas a vê-lo, só intervindo quando era solicitado. Pela primeira vez, e apesar de ter um ótimo relacionamento com todos os que conheço desta área, via alguém a ver as coisas como eu vejo. Também sinto assim, sem qualquer julgamento ou preconceito. Ajudo sempre no que for possível”. Luís Ramos não se refere apenas à forma de trabalho, mas também à forma de ver a vida. Quem os vê em diálogo percebe de imediato esta cumplicidade. 
“Há a evidência científica, mas não podemos esquecer que há um outro mundo com o qual temos de ser sensíveis e recetivos. A interação energética é muito importante”, afirma o jovem fisioterapeuta.
Luís Ramos acredita no poder da atração. “A simples intenção de querer cuidar já ajuda a tratar”.
Aos clientes garante que dá muito trabalho de casa. “Responsabilizo muito as pessoas. É necessário fazer muitos exercícios de alongamentos. É essencial conhecer o corpo para cada um saber as suas limitações e onde se encontra a dor”.
“A physioclem é muito mais do que um lugar de trabalho, é uma casa onde aprendo e posso ajudar. É aqui quero ficar. É aqui que quero aprender mais. Nesta clínica temos mentores muito fortes. É um poço de informação, no qual o conhecimento circula”.
Com Luís Ramos aprendemos a valorizar o aqui e o agora. Com este jovem fisioterapeuta percebemos que a vida é muito mais do que os nossos olhos podem alcançar. Nem todos podem acreditar no mesmo, mas a verdade é que todos nós devemos respeitar…
Luci Pais

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